Sérgio Mallandro é um gaiato que deu certo.
Após fazer a turma na praia gargalhar com gírias, o aluno da @carlsongracieteamoficial foi convidado, graças ao amigo André De Biase, para um teste no filme “Menino do Rio”, de 1982. Renato Aragão curtiu o astral do novato e o escalou para outro sucesso, “O Trapalhão na Arca de Noé”, de 1983.
Mas nem tudo foi risada na vida do humorista, que se viu anos depois diante de uma verdadeira porta dos desesperados.
“Saí do ar em 1996 e fiquei 3 anos fora da TV, em uma época em que, se a televisão não te contratasse, você não tinha para onde correr”, lembrou o faixa-preta, em entrevista ao @jornaloglobo.
“Quando saí do ar, comecei a vender meu patrimônio, e perdi tudo. Fui perdendo, fui perdendo, até que de repente eu tinha 7 reais na conta.”
Sérgio então teve um de seus maiores aprendizados, uma das grandes lições que teve fora dos tatames e estúdios:
“Um oficial de justiça bateu na minha porta para levar meu carro. Ele ficou surpreso e disse que eu era ídolo do filho dele, que tinha 9 anos e estava com um câncer. Pedi para ele esperar e fui buscar um presentinho – achei um bonequinho que fazia glu-glu e dei a ele. Ele ficou sem jeito, sem querer levar o carro. Mas eu disse para ele não confundir as coisas, que ele precisava fazer o trabalho dele. Quando ele desceu minha rua com o carro, desandei a chorar”, recordou Mallandro.
“Eu não chorei pela minha pindaíba, e sim por perceber que eu tinha em casa os meus 3 filhos saudáveis. Percebi que não tinha problemas, mas obstáculos. Problema é o médico falar que você vai perder a pessoa que você ama. Boleto pra pagar, geladeira vazia, briga com a esposa são obstáculos. Eu só tinha o obstáculo de precisar retomar minha vida de artista.”
Serginho fez apresentações em circos, até que ganhou nova chance na TV em 1999. Lição que o espectador agora pode aprender com “Mallandro: o errado que deu certo”, com @zico, @xuxameneghel & cia.
“O filme mostra como você pode não desistir das suas coisas. O homem não morre, meu glu-glu, quando deixa de existir, ele morre quando deixa de sonhar”, filosofou @serginhomallandro.
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